O espaço público entre os bairros Jardim Morada do Sol e o Parque Residencial Francisco Belo Galindo, é um lugar com uma dinâmica social aguda e recorrente. É um bairro vivo e que exala criatividade, a organização espacial rígida e estática não inibem a interação dos moradores. As observações corpóreas revelaram um número expressivo de crianças e adolescentes, que se apropriam do local para o desenvolvimento de atividades recreativas e de lazer.
O grupo social que utiliza o espaço público entre os bairros Jardim Morada do Sol e o Parque Residencial Francisco Belo Galindo, detém uma memória afetiva sobre o lugar da vida coletiva. Desta forma, as diretrizes espaciais são ausentes de uma intenção impositiva, sendo conduzida pelas apropriações mapeadas nas observações no espaço. As ações são pautadas na organização e setorização da infraestrutura existente, com o intuito de criar áreas livres e abertas para os usos não previstos.
O vazio gerado através das demarcações dos acessos, dos canteiros e da infraestrutura básica, proporciona o uso imprevisível e mutável que já existe ou ainda é inexistente. Sendo assim, a intervenção urbana será concebida de forma modular e flexível que pode ser agrupada de diferentes formas, permitindo a interação entre o usuário e o mobiliário urbano, através da materialização dos usos específicos do território.
Conceber, planejar e organizar espaços públicos, requer sensibilidades que ao serem sugeridas observem a diversidade que os corpos imprimem nos espaços por onde passam. Os espaços onde a vida coletiva acontece extrapola o desenho formal e estruturação espacial da infraestrutura, a ação projetual precisa acontecer posteriormente a compreensão do território de implantação. Este trabalho permitiu a compreensão do lugar nas suas características singulares, além de ter sido um campo para reflexões a analises internas, na construção do aperfeiçoamento sensitivo perante a um espaço físico. Os espaços na sua materialidade não interagem com outros espaços, pelo falo de serem objetos estáticos, já o corpo, a matéria que paira pelos lugares, que é efêmero, mutável e transitório, compartilhando afetos e experiências com outros corpos e lugares.
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Diagrama dos corpos observados no dia 19 de outubro de 2020 na área para intervenção
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Diagrama dos corpos observados no espaço no dia 19 de outubro de 2020 na área para intervenção.
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Diagrama do mapeamento das apropriações na área para intervenção do dia 19/10/2020
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Vetores dos grupos e das atividades mapeados no dia 19/10/2020.
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Mapa dos movimentos e das apropriações realizadas pelos corpos no espaço público em análise no dia 19/10/2020.
Técnico em Edificações, em 2014, pelo Centro de Educação Tecnológica do Estado da Bahia (CETEB). Foi Instrutor de Ensino Técnico nível I no Centro de Educação Tecnológica do Estado da Bahia (CETEB). Atualmente cursa Arquitetura e Urbanismo pela Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE), onde integra o grupo de extensão universitária Núcleo de Urbanismo em Práticas Colaborativas e realiza pesquisas científicas pelo Programa de Bolsas de Iniciação Científica (PROBIC) e pelo Programa Especial de Iniciação Científica (PEIC) da mesma instituição. Foi monitor da disciplina de Desenho Técnico e Arquitetônico I (2017) e da Oficina de AutoCad Básico (2017) do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE). Foi integrante do Núcleo de Prestação de Serviços à Comunidade DUAL, em 2019, escritório modelo do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Engenharia de Presidente Prudente (FEPP) da Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE).
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Parklet na Universidade do Oeste Paulista - Unoeste